Resoluções para um 2024 mais sustentável e económico

Ano novo, vida nova. Ora, não podia começar o ano a falar sobre outra coisa: hoje vamos falar sobre resoluções para um ano mais sustentável, saudável, e económico


Ver o episódio no Youtube:


Abaixo deixo-vos um pequeno resumo daquilo que falei no podcast. Podem ouvir o episódio completo no Youtube, através do vídeo acima, ou nas plataformas de podcast que costumam utilizar.

Poupar energia

O setor energético é responsável por cerca de 70% das emissões globais de gases de efeito de estufa, sendo que cerca de 12% corresponde ao transporte rodoviário e 17,5% à energia utilizada em edifícios comerciais ou residenciais.

Assim, reduzir o nosso consumo energético em casa e nos nossos transportes permite-nos poupar dinheiro e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito de estufa.

No episódio, falamos sobre várias estratégias práticas para poupar energia no dia-a-dia.

Poupar água

Em Portugal, cada pessoa utiliza, em média, 184 litros de água por dia, sendo que, segundo a ONU, precisamos de apenas 50 a 100 litros diariamente. Isto não seria um problema enorme se não enfrentássemos secas (que são faltas anómalas de água) e risco de escassez (uma falta estrutural resultante de um desequilíbrio entre a água que está disponível, e o seu consumo).

Segundo o World Resources Institute, continuando a trajetória que temos seguido até agora, Portugal tem um risco elevado de stress hídrico. Este risco é medido através do rácio entre a quantidade prevista de consumo de água, e a quantidade de água disponível

A verdade é que a maior fatia do nosso consumo de água não são os 184 litros de água diários, mas sim o nosso consumo de água virtual. A água virtual é aquela que foi necessária para produzir aquilo que temos e que consumimos, e está presente em praticamente (para não dizer mesmo totalmente) tudo. A água é utilizada nos processos produtivos como, por exemplo, diluente, agente de arrefecimento, agente de lavagem, rega ou mesmo como ingrediente. Umas calças de ganga, por exemplo, podem requerer 7500 litros de água para ser produzidas.

No episódio, falamos sobre várias dicas práticas para poupar água no dia-a-dia.

Consumir de modo mais responsável

Vivendo num planeta limitado, não é possível continuarmos a consumir de forma ilimitada.

Neste momento, estamos a esgotar os recursos anuais do planeta antes do ano acabar. Segundo a Global Footprint Network, que calcula o Earth Overshoot Day (ou o Dia da Sobrecarga da Terra), em 2023, esgotámo-los, a nível global, a 2 de agosto, e, se todo o mundo vivesse como em Portugal, esgotaríamos a 7 de maio. Isto significa que, a partir daí estamos a consumir recursos que o planeta só conseguirá renovar no ano seguinte. É fácil perceber que esta trajetória é completamente insustentável.

Assim, devemos começar por usar ao máximo o que já temos, remendar e reparar se for necessário. Quando precisamos de alguma coisa, faz muito sentido procurar em segunda mão, ou reutilizar o que já temos para propósitos diferentes. Se não conseguirmos reutilizar algo que já exista, ou no caso dos produtos consumíveis (que temos de comprar com frequência), então é sempre bom procurarmos opções produzidas de modo mais responsável. Para além da pesquisa que podemos e devemos fazer sobre as práticas das empresas, as certificações também nos ajudam nisto.

No episódio, falei sobre várias certificações que podemos procurar em diferentes tipos de produtos.

Desperdiçar menos

Tudo aquilo que desperdiçamos corresponde a um desperdício de todos os recursos e emissões que foram necessários para a sua produção. Para isto, um consumo mais consciente é essencial, e também é importante saber como reciclar corretamente (vamos ter episódio sobre isso!).

No caso do desperdício alimentar, este corresponde atualmente a 1/3 de todos os alimentos produzidos e está associado a uma série de problemas ambientais.

Fazer uma alimentação mais consciente

Fazer uma alimentação mais local e sazonal (episódio sobre o tema em breve!) é um fator relevante, sendo também importante tentar incluir mais vegetais na nossa alimentação. Uma alimentação de base vegetal está associada, em geral, a menores pegadas hídrica, carbónica e de ocupação de solo.

Não temos todos de nos tornar vegetarianos, mas fazer algumas refeições de base vegetal (uma vez por mês, uma vez por semana, ou uma vez por dia, por exemplo), já é um excelente passo.

No episódio, falei mais sobre os impactos de vários alimentos, assim como o que me ajudou a fazer uma alimentação com mais vegetais.

Ser mais informado(a) e ativista

É essencial sermos cidadãos informados, que entendem a razão de ser necessário fazer a transição para uma sociedade mais sustentável.

No episódio, dou três sugestões de livros que me ajudaram a entender mais sobre o ambiente e sustentabilidade, a partir de diferentes perspectivas.

Para além disso, falei nos templates de email que tenho disponíveis no site, para poderem utilizar e contactar empresas e outras organizações para as quais tenham sugestões de melhoria.

Espero que gostem deste episódio! Qualquer sugestão ou feedback, falem comigo :).

Bom ano!!!


Ouvir o episódio:

Se ouvem podcasts noutra plataforma, procurem por lá, que é possível que o Plantando Escolhas também lá esteja :)


Esta temporada é apoiada pelo Lidl, que aplica muitas práticas para a sustentabilidade social e ambiental, e das quais vos vou falando ao longo dos episódios. Neste, falamos sobre as várias certificações que podemos encontrar nos produtos do Lidl, como a Rainforest Alliance, UTZ, Fairtrade, Natrue, e selo bio da União Europeia.

Rita TapadinhasComentário